Conheça as adegas lendárias do Hôtel de Paris
Por baixo dos jardins de flores de um dos hotéis mais lendários do mundo, encontra-se um paraíso que permanece decididamente escondido do sol: as adegas do Hôtel de Paris.
Mais de cem pessoas especializadas trabalharam por mais de dezoito meses para construir a maior adega de hotel do mundo. A qualidade da localização do Hôtel de Paris, de seu conforto, mobília e restaurante fez dele o local ideal para abrigar as adegas de vinho excepcionais.
Inaugurada em 1874 por Marie Blanc, esposa e fundadora da Société des Bains de Mer, as adegas do Hôtel de Paris Monte-Carlo foram originalmente um lugar onde vinhos vintage eram engarrafados, vindos em barris de Bordeaux, garantindo o que ainda não era conhecido como rastreabilidade do vinho.
Durante a Segunda Guerra Mundial, parte da adega foi vedada por uma parede composta por sete camadas de garrafas, atrás das quais 20 mil garrafas – incluindo as mais preciosas – foram escondidas e, portanto, escaparam à apreensão. O tesouro das adegas foi protegido, assim como a prataria do hotel e até a fortuna de alguns dos hóspedes do hotel.
Uma vez que a paz foi restaurada no final de 1945, a reabertura das adegas foi confiada a um cliente de prestígio, Sir Winston Churchill, e um velho rum de 1811 foi aberto para a ocasião.
Durante a década de 1960, a rastreabilidade do vinho assumiu uma nova forma com a introdução do engarrafamento imobiliário, o que significa que as adegas do Hôtel de Paris Monte-Carlo foram gradualmente transformadas no que são hoje: um local para armazenar garrafas em vez de barris.
Em abril de 1976, em torno de uma mesa improvisada nas adegas, uma comemoração inesperada aconteceu: o príncipe Rainier III de Mônaco e a princesa Grace celebraram seu vigésimo aniversário de casamento junto com alguns entes queridos.
Atualmente, as adegas não são apenas parte da herança da empresa, mas também um local para partilhar conhecimentos sobre o vinho, como evidenciado pelas sessões semanais de degustação onde sommeliers, maîtres d’hôtel, chefes de mesa ou gerentes se reúnem para expandir os seus conhecimentos enológicos.
Centenas de milhares de garrafas jazem na calmaria do local, evocando imagens de paisagens, châteaux e propriedades na França e no exterior e ecoando nomes como Lafite, Rothschild, Petrus, Cheval Blanc, Yquem, Romanée-Conti, Dom Pérignon e Cristal Roederer. Armazenados sob o cuidado atento do mestre das adegas e sua equipe, os vinhos são servidos nos restaurantes do resort Monte-Carlo SBM, onde os clientes podem visualmente se deleitar com as bebidas antes de descobrir tudo o que eles têm para oferecer.
