Startup UniWeeks lança diárias em criptomoedas
O mercado de criptomoedas, tecnologia blockchain e processos de “tokenização” ainda são para muitas pessoas partes de um mundo desconhecido ou de difícil compreensão. Mas o que vem acontecendo é um aumento do uso desses recursos para girar capital e fazer novos investimentos.
Com essa percepção nasceu o UniWeeks. Com base em um software para blockchain 2.0 – uma sequência de blocos conectados contendo informações que são distribuídas em uma rede – e voltado para o setor de turismo, o projeto propõe a partir de um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) que se dê valores a diárias de redes de hotéis parceiras em criptomoedas, no caso o Uniwks, e se passe a negociá-las pelo ambiente blockchain.
Segundo Anderson Lima, CEO da startup, o UniWeeks é o primeiro software a dar um lastro a criptomoedas. “A ideia é tokenizar US$ 300 milhões em diárias. Dentro da economia do token vamos emitir 1 bilhão de tokens, sendo 30% só para os hotéis.” A pretensão é de reunir 6 milhões de diárias no lançamento oficial do projeto, marcado para 30 de novembro. “Estamos nos antecipando a uma tendência para quando essa pandemia (da Covid-19) passar”, confia o empreendedor que cresceu no Ceará.
O projeto global de um ecossistema especializado em DeFi, já com 11 profissionais de diversas áreas, está de olho nos mercados da Ásia, Europa e Emirados Árabes.
O diretor de operações, Alan Kardec, também fala de como está sendo a estruturação legal do UniWeeks. “Estamos considerando as questões regulatórias, fazendo consultas à legislação brasileira e procurando parcerias para dar maior segurança de compliance e auditoria. De todo modo, a operação deverá ser realizada em regiões que tenham legislações pertinentes ao modelo.”
O que é colocado pelo CEO é que o UniWeeks enxerga assim uma forma de dar apoio ao setor do turismo no período pós-pandemia . “É uma forma da gente introduzir o turismo na blockchain, criando um valor para o que eles têm que são as diárias. Que um ativo do mundo real entre para o mundo virtual”, explica Anderson. Hoje, segundo o empreendedor, o percentual de ociosidade das diárias está em 47% no mundo por conta da crise sanitária, quando a média mundial era de 20%.
O valor médio das diárias no mundo é de US$ 100. Pelo UniWeeks, essa mesma diária começará a ser negociada a US$ 50.
Diferente de outras criptomoedas que “são fumaça”, como avalia Anderson, a Uniwks tem as diárias como base. O que quer dizer que tendo uma desvalorização dessa nova moeda, o investidor ainda terá algo fixo, real, para receber, caso queira: as diárias. “Estamos mitigando riscos, dando uma segurança.”
Com pré-vendas iniciadas para pequenos grupos, o UniWeeks lança sua moeda a US$ 0,80, apostando em um valor de US$ 1,30 quando for ser lançada de forma mais abrangente, em 30 de novembro. Quanto aos hotéis, Anderson Lima só anuncia que estão fechando com uma grande rede mundial, que também está no Brasil. E os planos são ainda mais ambiciosos: “Queremos depois criar um marketplace para os hotéis, eliminando intermediários. Diárias já estariam lá em Uniwks.”
