Ventania obriga a desviar voos de Guarulhos
São Paulo, 28 de julho de 2025 – Por Ariel Figueroa
Na manhã desta segunda-feira (28), uma intensa corrente de ventos cruzados forçou o desvio de diversos voos com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (GRU). As rajadas, que ultrapassaram os 60 km/h em alguns momentos, comprometeram a segurança das operações de pouso, levando companhias aéreas a optarem por alternar suas aeronaves para aeroportos próximos, como Viracopos (Campinas), Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte).
Segundo informações do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), os ventos de través – que incidem perpendicularmente à pista – tornaram o pouso arriscado, principalmente para aeronaves de grande porte. As pistas de Guarulhos, apesar de bem estruturadas, têm limitações operacionais em condições extremas de vento lateral.
Entre os voos alternados estavam operações da LATAM, Gol, Azul e companhias internacionais como American Airlines e Lufthansa. Passageiros relataram atrasos, longos períodos de espera em solo e falta de informações claras nas salas de embarque.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já havia emitido um alerta de ventos fortes para a Região Metropolitana de São Paulo desde a madrugada. Especialistas em aviação explicam que, embora os aviões comerciais sejam projetados para operar com segurança em condições adversas, a segurança sempre prevalece. “Quando os limites de vento cruzado são excedidos, a decisão correta é alternar o voo para outro aeroporto”, explica o comandante aposentado e consultor aeronáutico Marcos Valle.
O aeroporto de Guarulhos permanece operacional, mas com capacidade reduzida. A GRU Airport, concessionária que administra o terminal, orienta passageiros a consultarem as companhias aéreas antes de se dirigirem ao local. A normalização dos voos está prevista apenas para o fim da tarde, caso as condições meteorológicas melhorem.
O episódio desta segunda-feira reforça a importância dos planos de contingência na aviação comercial e evidencia como fatores climáticos ainda são decisivos nas operações, mesmo em aeroportos de grande porte como Guarulhos.





