Congresso aprova o fim de cobrança de roaming no Mercosul
O Congresso Nacional aprovou, nesta semana, o acordo que prevê o fim da cobrança de tarifas de roaming internacional entre os países do Mercosul. A medida, que ainda passará pela sanção presidencial, representa um avanço significativo na integração regional e promete beneficiar milhões de turistas e viajantes de negócios que circulam entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O acordo foi originalmente firmado em 2019 entre os países do bloco e aguardava aprovação legislativa no Brasil. Com a decisão, usuários de telefonia móvel poderão utilizar seus planos domésticos em território vizinho sem custos adicionais de roaming, prática que até então encarecia chamadas, mensagens e uso de dados.
Segundo parlamentares, o fim da tarifa deve estimular não apenas a conectividade, mas também o turismo e a competitividade econômica. “É um passo importante para facilitar a vida do cidadão, reduzir custos e aproximar ainda mais os países do Mercosul”, destacou o relator do projeto.
Para o setor de telecomunicações, a medida também representa um desafio técnico, já que as operadoras precisarão ajustar contratos e redes para garantir a reciprocidade do serviço. A expectativa é de que a implementação ocorra de forma gradual, em prazos definidos pelo bloco, permitindo adaptação das empresas sem impactos bruscos.
Turistas e viajantes frequentes comemoraram a aprovação. Hoje, o uso de dados móveis fora do Brasil pode custar até dez vezes mais do que o valor pago em território nacional. Com a mudança, será possível, por exemplo, utilizar aplicativos de transporte, mapas e comunicação em qualquer um dos países do Mercosul sem custos extras.
Especialistas avaliam que o fim da cobrança de roaming é simbólico: representa um novo patamar de integração regional, no qual a mobilidade de pessoas e negócios ganha fluidez. Para o setor turístico, a medida deve aquecer a circulação de visitantes, especialmente em rotas terrestres e aéreas de curta distância, fortalecendo a economia local.
Se sancionada, a decisão colocará o Mercosul em sintonia com práticas já adotadas na União Europeia, onde o roaming foi abolido em 2017, trazendo ganhos imediatos para cidadãos e empresas.





