Azul aprimora gestão de impactos climáticos
Em julho deste ano, a Azul, maior companhia aérea em número de voos diários e cidades atendidas no Brasil, deu mais um passo rumo à excelência operacional ao incorporar um time de meteorologistas ao seu Centro de Controle Operacional (CCO). Desde então, a área tem passado por modernizações, incluindo tecnologias, com a adoção de softwares especializados e a implementação de rotinas de análise meteorológica, estudos e briefings diários.
Maior previsibilidade
Entre os resultados, a diretora do CCO da Azul, Bianca Penelas, destaca impactos positivos como a tomada de decisões mais assertivas e maior previsibilidade de ações, o que tem refletido positivamente na malha aérea e gestão dos voos, especialmente em cenários de tempo adverso, em todo o Brasil.
“Em apenas três meses, avançamos significativamente, especialmente durante o inverno, com previsões precisas de fenômenos meteorológicos no Sul do país. Em julho, por exemplo, mesmo sem alertas oficiais dos softwares e dos modelos meteorológicos, nosso time identificou a possibilidade de nevoeiro em Viracopos (SP) combinando os resultados isolados de parâmetros como umidade, temperatura, pressão e vento”, destacou a gestora.
“Com essa análise, ativamos um plano de alternados, que é quando nos antecipamos para possíveis ocorrências de o voo seguir para o aeroporto alternativo, e assim reduzimos os cancelamentos ao longo do dia, já que o plano de alternados permite reajustar a malha de maneira proativa, garantindo mais segurança aos nossos Clientes e Tripulantes, além de evitar custos operacionais elevados“, explicou.
Comunicação Objetiva
Outro exemplo apresentado pelo setor envolve as chuvas no Rio Grande do Sul. Em julho deste ano, a área identificou uma previsão de acumulado de chuva de 150 mm em um período de três dias, acompanhada de ventos fortes no estado. Diante deste cenário adverso, o time de meteorologia da Azul muniu de informações as áreas operacionais, com o objetivo de antecipar possíveis impactos na malha aérea.
“O compartilhamento de informações é uma prática diária da Companhia, envolvendo vários setores fundamentais para o sucesso do nosso trabalho. Neste caso específico, houve apenas três cancelamentos e nenhum voo foi alternado na região, evidenciando a eficácia da atuação preventiva e da integração entre as áreas envolvidas”, exemplificou Bianca Penelas.
Novas práticas adotadas
Como parte do compromisso contínuo com a segurança e a eficiência operacional, a Azul implementou uma nova padronização no plano de alternados. A melhoria permite que todas as áreas envolvidas tenham interação contínua e controle compartilhado sobre o assunto. Além disso, a companhia intensificou a realização dos seus briefings operacionais, que agora passam a atuar de forma ainda mais direcionada nos impactos. Indo além do panorama geral da meteorologia, também iniciou estudos de clima sazonal para antecipar fenômenos típicos de cada estação.
“Complementando essas ações, nossos profissionais criaram um checklist específico para resposta a furacões, com orientações claras para comunicação e tomada de decisão desde os primeiros sinais de alerta”, especificou Penelas.
Inteligência artificial
A o ampliar a integração entre tecnologia e meteorologia, a companhia vem adotando soluções inovadoras para fortalecer a previsibilidade e a tomada de decisão nas operações. Um dos avanços é a avaliação de fenômenos meteorológicos através da inteligência artificial, realizada por meio da plataforma Tomorrow.io. A calibragem do sistema é feita pelos meteorologistas da companhia, dando foco nos fenômenos que podem trazer impacto significativo às operações em cada aeroporto e rota, permitindo que a informação final seja mais objetiva, removendo o ruído de dados.
A empresa também passou a utilizar estudos climatológicos baseados em dados históricos, permitindo identificar com antecedência os períodos de maior impacto meteorológico nos seus hubs.
“Com o avanço das mudanças climáticas e o aumento da frequência de eventos extremos, a adoção de tecnologias meteorológicas avançadas – como inteligência artificial e satélites dedicados – tornou-se essencial para reforçar nossas previsões, além da segurança e eficiência nas operações. A Azul tem acompanhado de perto esses movimentos importantes no mercado, com o objetivo de aprimorar cada vez mais os seus processos”, concluiu a diretora do CCO.
