Terça Negra agita o pré-carnaval do Recife

Nesta noite, o Pátio de São Pedro recebeu a primeira Terça Negra Especial do Carnaval 2018.  Às 20h, o espaço mais representativo da cultura popular nas prévias tornou-se palco das apresentações da Ciranda de Sant’Anna, do Maracatu Leão da Campina, do Afoxé Obá Iroko e da banda Afro Obá Nyjé.

A próximas edições acontecem nas terças 23, 30 e 06. Após as quatro edições especiais de Carnaval, a Terça Negra passa a ser realizada uma vez por mês, com datas e programações a serem pactuadas entre o Movimento Negro Unificado e a Prefeitura do Recife, por meio do Núcleo Afro.

Juliana Oliveira, de Fortaleza, está pela primeira vez em Recife e foi conferir a Terça Negra. “É muito animado, muito bonita essa valorização da cultura negra. É importante.”, comentou a estudante de 22 anos. Já Paulo Sampaio, de 57 anos, não perde uma festa no Pátio de São Pedro. “Gosto do lugar, das pessoas e dos eventos que sempre valorizam nossa cultura.”, explicou.

“A Terça Negra é uma parceria do Movimento Negro Unificado – MNU e a Prefeitura do Recife, buscando dar visibilidade à musica e cultura negra. E as edições especiais de Carnaval reforçam essa divulgação e esquentam os foliões para o auge da folia de Momo.”, explicou Eduardo Vasconcelos, Secretário executivo de Cultura do Recife.

Histórico da Terça Negra – A Terça Negra começou em 1998, no Pagode do Didi, nas imediações da Avenida Dantas Barreto. Em 2001, o evento migrou para o Pátio de São Pedro e passou a acontecer todas as terças-feiras, fazendo parte do calendário cultural oficial da cidade. A  Terça Negra é um Encontro Cultural criado pelo MNU – Movimento Negro Unificado, que surgiu em Recife em 1979 e ganhou força na década de 90, com o objetivo de ir além do “Samba de Raiz” e divulgar outras vertentes da cultura negra, como o Maracatu, o afoxé, coco de roda e até o reggae e o hip hop. A Terça Negra Especial de Carnaval existe há mais de meia década.

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